O Smartphone

Esta plataforma de distração massiva concentra todas (ou quase) as funções digitais recreativas. Permitindo o acesso a todo o tipo de conteúdo audiviovisual, a videojogos, à Internet, possibilitando ainda trocar fotografias, imagens e mensagens, bem como uma ligação às redes sociais, fá-lo sem a menor restrição de tempo ou de lugar. O smartphone segue-nos, aliás, para todo o lado, sem dó nem piedade. É o Santo Graal dos sugadores de cérebro, o derradeiro cavalo de Troia da nossa descerebração. Quanto mais “inteligentes” se tornam as asplicações, mais substituem o nosso pensamento e mais nos permitem tornarmo-nos idiotas. Já escolhem os nossos restaurantes, ordenam-nos as informações de que dispomos, selecionam os anúncios que nos são enviados, determinam as rotas que devemos seguir, propõem respostas automáticas a algumas das nossas perguntas verbais e aos e-mails que nos são enviados, domesticam-nos os filhos a partir do jardim de infância, etc. Mais um esforço e, realmente, acabarão a pensar por nós.

Michel Desmurget, A Fábrica de Cretinos Digitais

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